Dentre outras novidades, e empresa afirmou que o projeto desenvolvido no Peru serve de exemplo para ser implantado por aqui
Por Tainara Rebelo – jornalista do conselho editorial do Top C Level
Interiorização do sinal de satélite para áreas remotas do Brasil; implementar sinal de internet para voos da companhia aérea Latam e o lançamento de uma constelação com 12 unidades estão entre os pilares de atuação da Intelsat para o próximo ano.
Em conversa com o conselheiro do Top C- Level, Fernando Cirneros, durante o MWC (Mobile World Congress), o executivo Ricardo La Guardia, VP de vendas da Intelsat para América Latina, garantiu que o trabalho da equipe está focado nestes interesses, e que muito disso vem da força do time local estabelecido pela América Latina.
“Com nossas equipes locais, o suporte para o cliente fica mais preciso, pois estamos na mesma região e não há problemas de deslocamento, por exemplo. A América é um espaço importantíssimo pra Intelsat como região”, explicou La Guardia.
Com dois escritórios no Rio de Janeiro e um em Miami (FL), a Intelsat garante a atuação nas regiões mais importantes do México, Argentina, Colômbia, América Central e Caribe. Toda a arte de engenharia está contando com engenheiros locais para estar mais próximo do cliente.
Confira mais detalhes desse bate-papo a seguir:
Fernando Cirneros: Vocês tem um projeto para o Peru voltado para a agropecuária, há alguma iniciativa parecida para o mercado Brasileiro?
La Guardia: O projeto do Peru foi maravilhoso, fizemos uma parceria com a provedora Andesat para levar serviço de banda larga móvel (3G) de ponta a ponta para comunidades remotas em todo o Peru. As duas empresas desenvolveram um novo modelo que, de forma rápida e eficiente, mudará o acesso 3G para cerca de 350 locais remotos no Peru nos próximos 12 meses.
Foi uma iniciativa que nos proporcionou entrar num mercado que estava totalmente sem conexão, garantindo redução de investimento e oportunidade para empresas de telecomunicação. A possibilidade de crescimento de receita é grande, pois agora empresas locais estão ficando online, gerando fluxo de receita e ajudando o país a crescer,
No Brasil estamos com negociações avançadas no mesmo jeito para levar conexão para regiões desafiadoras. Para isso, nós temos o conhecimento geral, ponta a ponta, não temos só a capacidade satelital, mas todos os serviços necessários para que essa conexão aconteça prestados localmente por empresas parceiras. A infraestrutura é toda nossa, de maneira que o cliente não precisa se preocupar com isso. Estamos investindo na região e temos ambição muito grande de desenvolvimento.
Fernado Cirneros: Como a Intelsat vê a tendência do mercado BR com as tecnologias que vocês oferecem?
La Guardia: Para a gente, o mercado brasileiro é um dos maiores mercados da América Latina, e é também o pais que possui maior avanço nessas tecnologias. Somos uma companhia na qual o serviço de rede unificada permite entregar o sinal onde ele esteja, mesmo com latência menor, ou que precise mexer na constelação, com custo menor. Somos muito flexíveis, não focamos somente na constelação, mas na qualidade do serviço e infraestrutura.
Em breve entraremos com sinal de satélite em mais de 160 aviões da Latam. Eles estarão com a nossa conexão dentro da aeronave, levando conectividade pros nossos clientes, pros clientes deles e o mercado como um todo. É uma demanda que a gente sabe que é necessária. Esse processo será feito em aeronaves configuradas para receber o serviço de banda larga da Gogo, empresa adquirido pela Intelsat há dois anos.
Fernando Cirneros: Quais serão os investimentos e novidades da empresa para os próximos anos?
La Guardia: Estamos com um investimento de 2 bilhões de dólares para colocar 12 satélites em órbita. 4 deles nos próximos 3 anos (G 31, 32, 33 e 34) entre novos e aqueles que vão repor a banda C. A maior parte será composta por equipamentos inteligentes, no modelo de satélites definidos por software.
No MEO (órbita média) vamos fazer um investimento muito grande porque acreditamos nessa constelação. No LEO (órbita baixa) estamos com avanço nas negociações para entregar o que o cliente quer, conforme a necessidade dele. E, para isso, atuamos nas 3 camadas.
É a porta para novas possibilidades para operadoras, diminuindo custo de execução. Afinal, entendemos que não adianta ter o 5G sem uma conexão e suporte local unificada, por isso que nós teremos.

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